O imóvel foi erguido em finais do século XIX, como casa de férias de João Santiago de Carvalho.
O dono gostava tanto da casa que aqui acabou por viver com a sua mulher, D. Maria Carolina, e o único filho, Dinis, mais tempo do que na residência permanente da família - o Paço de S. Cipriano, em Guimarães.
Imaginada como um castelo, com um toque mais moderno, o palacete com uma torre quadrangular reúne vários estilos arquitectónicos. O neo-medieval é notório logo na entrada, pelo vitral de coloridos fundos de garrafa, pelos emblemas em baixo relevo nas paredes e pela simbologia, como a imagem do cavaleiro pintado em cima de uma porta com um escudo marcado com o 'S' de Santiago ou a alusão a animais irreais, como a besta que decora o bestiário - um banco.
Há uma mistura de estilos visível: neo-manuelino, neo-barroco, neo-clássico, neo-medieval e romântico.
O projecto é do arquitecto, veneziano, Nicola Bigaglia, também desenhador e aguarelista com domínio dos estilos clássicos e dos processos ornamentais.
Considerado como testemunho histórico das transformações urbanísticas e sociais vividas pela cidade desde o final do século XIX, em 1968 foi adquirido pela Câmara Municipal de Matosinhos. Posteriormente veio a sofrer intervenção de conservação e restauro com projeto do arquiteto Fernando Távora, vindo a ser requalificado como espaço museológico, inaugurando a 2 de Abril de 1996.